AERODINÂMICA BÁSICA

Superfícies de controle primárias, também conhecidas como: Aileron, profundor e leme. São usadas para movimentar e direcionar o aeromodelo durante todo o voo.  Para nós, brasileiros, os comandos são distribuídos da seguinte maneira nos canais do rádio e posição no stick: 1-Aileron (horizontal direito), 2-Profundor (vertical direito), 3-Motor (vertical esquerdo) e 4-Leme (horizontal esquerdo). Essa distribuição é conhecida como “MODO 2”, que é o “padrão” por aqui. Em outras partes do mundo são utilizados o modo 1, 3 e 4, mas a única coisa que muda é a distribuição dos comandos no rádio.

 

Aileron: Superfície localizada na parte traseira da asa (bordo de fuga) que movimenta o modelo em torno do eixo longitudinal. Para virar à direita, o aileron da asa direita sobe e o da asa esquerda desce, o contrário também é válido. Esse movimento é chamado de rolagem, rolamento, bancagem ou inclinação lateral.

Profundor: Superfície localizada no estabilizador horizontal (popularmente conhecido como profundor, mas este é somente a parte móvel e não toda a superfície horizontal) que movimenta o modelo em torno do eixo transversal. Para subir, o profundor sobe e o nariz do modelo é inclinado para cima; Para descer, o profundor desce e o nariz do modelo é inclinado para baixo. Os leigos podem pensar que o stick do profundor funciona ao contrário, mas não. Para cabrar (subir) o stick do rádio é movimentado para baixo e para picar (descer), é movimentado para cima. Não esqueça!!! Puxa cabra, empurra pica!!!

Leme: Superfície localizada na deriva (popularmente conhecida como leme, mas este é somente a parte móvel e não toda a superfície vertical) que movimenta o modelo em torno do eixo vertical. Para virar à direita, o leme movimenta para a direita; Para virar à esquerda o leme movimenta para a esquerda.

Dispositivos hipersustentadores são “superfícies de comando” que têm como principal objetivo aumentar a sustentação quando necessário (decolagem, pouso, rasante lento) e frear o aeromodelo. O mais conhecido e aplicado no aeromodelismo é o flape (flap). Este é localizado no bordo de fuga e próximo à raiz da asa (parte da asa próxima à fuselagem). Quando acionado movimenta-se somente para baixo e altera a curvatura do perfil, por isso “gera” mais sustentação.

Por último, mas não menos importante: a asa. Podemos dizer que é uma das principais partes de um aeromodelo, senão a principal. É ela que define a maioria das características de voo. Possui vários elementos:

Como sabemos é ela que gera a sustentação necessária ao voo, mas como isso acontece?

A explicação abaixo se refere ao perfil assimétrico ou semissimétrico, não explicarei o perfil simétrico, no momento, por ser mais complexo.

Toda asa tem um perfil (formato visto quando olhamos a asa de lado), esse perfil possui dois “caminhos” para o ar passar: o de cima e o de baixo. Ao passar pelo caminho de cima (o mais comprido), as moléculas de ar (menor pedaço do ar) se distanciam entre si por estarem mais rápidas, o que gera uma diminuição na pressão e uma força para cima da asa. Pelo caminho de baixo ser menor, as moléculas se mantém mais próximas por estarem mais devagar, o que altera pouco a pressão e gera uma pequena força para baixo.